Criciúma x Tubarão: A rivalidade

Preparem-se, porque este é um post potencialmente polêmico.

Quem tem 30 anos de idade ou mais, uma lembrança. Para os mais jovens, talvez uma surpresa. Vamos aos fatos.

Criciúma e Tubarão são as maiores cidades (em população, não extensão territorial) do sul catarinense. Segundo dados do IBGE, Criciúma tem uma população de 192.308 habitantes, enquanto Tubarão tem 97.235 habitantes.

Criciúma possui uma densidade demográfica de 816,15 habitantes por quilômetro quadrado, em uma área total de 235,627 quilômetros quadrados de extensão territorial.

Criciúma, por Clayton Cechinel.

Tubarão tem densidade de 323,76 habitantes por Km/2 e extensão territorial de 300,335 quilômetros quadrados.

Bela foto de Tubarão. Fonte: http://www.tubarao-sc.com.br/quemsomos.php

Criciúma é considerada a cidade pólo da liga de municípios denominada AMREC enquanto Tubarão é o principal município da AMUREL.

Criciúma é hoje a cidade pólo de todo o sul de Santa Catarina, uma vez que aglutina em seu território a maior concentração de comércio, prestação de serviços e órgãos/instituições governamentais, além de ter a maior concentração populacional entre Florianópolis e Porto Alegre na sua região metropolitana.

Exponho estas informações preliminarmente, pois nem todos conhecem. Hoje, Criciúma se apresenta à frente em números, mas eles nem sempre foram assim. Aliás, os números “inferiores” em termos populacionais nunca impediram Tubarão de estar bem servida em muitos aspectos, pois é uma cidade que também oferece muito à sua população e à população sul catarinense.

Até hoje, os municípios ainda disputam e são rivais reivindicando a si a titularidade para infraestrutura, novas indústrias, serviços governamentais, investimentos privados dentre outros. É uma briga “sadia” quando faz as cidades trabalharem por benefícios, não deixando que tudo caia em ostracismo.

Criciúma e Tubarão sempre foram cidades “rivais”. Onde esta rivalidade começou? Ao certo, não sei. Não encontrei informações consistentes remetendo à origem da rivalidade entre as duas cidades. Talvez o futebol tenha auxiliado para que os ânimos se acirrem nos habitantes mais antigos de ambos os locais. Quando se fala de Criciúma a um tubaronense mais velho, ele torce o nariz. O mesmo acontece com os criciumenses da velha guarda.

Tubarão foi, no passado, o grande e próspero município sul catarinense. Meu falecido avô costumava sair à Tubarão, de trem, quando precisava comprar algo de melhor qualidade. Criciúma ainda era uma cidadezinha de “passagem” da estação da ferrovia Tereza Cristina, enquanto Tubarão prosperava com a Universidade, Catedral Diocesana, comércio forte, hospital de referência e tudo mais que a população sul catarinense precisasse.

Não era raro Criciúma exportar estudantes à única Universidade da região, e uma das melhores do estado: a UNISUL, que dominou a região totalmente até que a FUCRI se transformasse em UNESC.

E o que fez Criciúma dar uma reviravolta e tomar o posto que outrora foi de Tubarão?

Não há estudo a respeito. Tudo o que há é uma história repassada de geração para geração de que a tragédia natural mais conhecida por aqui como “enchente de 1974” foi o fator preponderante para o declínio tubaronense. Ao que todos contam, o rio Tubarão, um dos cartões postais da cidade, o que em outras épocas lhe trouxe beleza, em 74 lhe trouxe destruição.  Descobri na internet que existe inclusive uma obra publicada sobre o assunto: “Tubarão 1974: fatos e relatos de uma grande enchente“. Confesso que me despertou a curiosidade de leitura e vou atrás de um exemplar.

A TV Unisul, como sempre com excelentes reportagens sobre a “cidade azul”, traz no Youtube uma matéria especial relembrando a tragédia que em 2014 completará 40 anos:

Assistindo todos os vídeos, vocês terão uma dimensão do que foi a enchente de 74.  Muitos moradores resolveram buscar refúgio em outros locais. Além do que, toda a reconstrução exigiu esforço enorme dos que por lá ficaram e resolveram enfrentar a situação. Recomeçar do zero ou menos que zero.

Em 1974 a enchente também atingiu a região de Criciúma. O diferencial é que Tubarão tem o leito do rio rasgando o longo da cidade, que transbordou e atingiu um número bem maior de habitantes.

O povo tubaronense é guerreiro por demais. Admiro aqueles que ficaram e ajudaram a colocar a cidade de pé novamente. Tal qual Blumenau que em 1983 sofreu perdas tão grandiosas quanto Tubarão em 1974 e conseguiu dar a volta por cima. A região sul também enfrentou o furacão catarina, tornados, várias outras enchentes, mas permanece de pé.

Repito: não sei se a enchente foi o fator principal da virada populacional de Criciúma sobre Tubarão, é apenas uma suposição que é bem citada inclusive pela população de lá. Pode ser que outros fatores tenham contribuído, com o enriquecimento rápido de Criciúma pelo carvão.

Santa Catarina tem um povo maravilhoso. Me orgulho muito de ser barriga verde.

Voltando ao assunto do blog: Em tempos mais recentes, criciumenses e tubaronenses vivem travando pequenas “disputas” de “eu tenho, você não tem”.

Alguns tubaronenses chamam Criciúma de cidade da latinha: Lá tinha MC Donalds, lá tinha shopping grande, lá tinha time da série A…

Pura provocação.

Criciúma conseguiu progresso importante com a conquista de uma Universidade para seu território, depois de muitos anos exportar estudantes para Tubarão. Tubarão, que por alguns anos gostava de passear em nosso “Criciúma Shopping”, depois riu da cara dos criciumenses quando o gigante dos medicamentos, o sr. Genésio Mendes, declarado apaixonado por Tubarão, presenteou aquela cidade com um moderníssimo centro de compras, que leva todos os anos milhares de criciumenses para lá.

Farol Shopping: Maior centro de compras do Sul de Santa Catarina…

Os criciumenses afirmam que tubaronenses precisam vir a Criciúma se quiserem andar de escada rolante e elevador panorâmico, além de assistir uma partida de futebol de alto nível. Os tubaronenses sorriem com o fato de que o povo de Criciúma só poderá comer um Big Mc se vier ao Mc Donald’s de Tubarão.

Mas em Criciúma tem o Burger King.

Os criciumenses dizem: aguardem, porque aqui já foi lançado um grande shopping que vai ser maior que o de vocês!

…até 2014, quando o Shopping das Nações ficará pronto e assumirá o posto de maior Shopping da região.

Criciúma teve, por muitos anos, o maior edifício de Santa Catarina: Lúcio Cavaller. Pois em Tubarão, acabaram de lançar o projeto daquele que será o maior prédio sul catarinense.

Edifício Lúcio Cavaller: O gigante da década de 80, que já foi o maior arranha-céu de Santa Catarina…

…em breve perderá sua posição de maior edifício sul catarinense para o luxuoso Majestic Residence, que está sendo erguido em Tubarão.

Aí os criciumenses dizem: e daí? Criciúma é a quarta cidade mais verticalizada do estado, com quase 800 edifícios já construídos, fora os lançados.

Chega né? Briguinha meio tola.

E assim foi, assim é e assim será: criciumenses e tubaronenses se alfinetando, discutindo, competindo, mas ambos sabendo que as cidades precisam uma da outra. Ambos estão conscientes de sua responsabilidade para com o sul catarinense e que a nossa região está abandonada politicamente.

Criciumenses e Tubaronenses são mais parecidos do que imaginam.

E a rivalidade? Bem. Nem preciso dizer que, se as cidades já nutrem rivalidade em questões sociais e políticas, quem dirá no futebol certo?

Certo. E como está certo. A rivalidade entre Criciúma e Tubarão no futebol é antiga e intensa.

Tubarão e Criciúma são duas cidades apaixonadas por futebol, isso é fato consumado. Tubarão é berço de um dos mais antigos clubes em atividade no estado: fundado em 1918, o Hercílio Luz Futebol Clube foi bi-campeão catarinense e o primeiro clube do estado a disputar um campeonato brasileiro. O antigo rival, o Ferroviário, acabou sucumbindo ao tempo e passou por uma série de transformações, que ao certo, não me deixam dizer se ele ainda existe ou não existe.

Ferroviário: O rubro-negro de Tubarão que foi lembrado no blog terceiro tempo do Milton Neves: http://terceirotempo.bol.uol.com.br/quefimlevou/qfl/foto/tarcisio/no-ferroviario-de-tubarao-29604.html

Dizem que o Ferroviário deu lugar ao Tubarão Futebol Clube, que encerrou as atividades. Os torcedores de lá afirmam que o Tubarão Futebol Clube é autônomo, nada tendo a ver com os clubes mais recentes que utilizam as mesmas cores: o Atlético Cidade Azul que agora se chama Atlético Tubarão.

Não confunda: este é o Tubarão Futebol Clube…

…e este é o Atlético Tubarão.

Então, pelo que pesquisei, o Ferroviário deu origem ao Tubarão F.C., que fechou. Depois surgiu o Atlético Tubarão, um novo clube, autônomo e que nada tem a ver com o Ferrinho nem com o Peixe de Oficinas.

É. Uma coisa é certa: o clássico Ferro-Luz fazia sair faíscas das arquibancadas e fora delas. Tanto é que até hoje Hercilistas, Ferroviários e torcedores do Tubarão (que está inativo) ainda se “odeiam”.

Em Criciúma, tivemos um futebol riquíssimo com vários clubes em uma mesma época. Ouro Preto, Atlético Operário, Boa Vista, Metropol, Próspera, Comerciário. O tempo foi seletivo e permitiu que somente Metropol e Comerciário ganhassem maior projeção. Atualmente, somente o Comerciário, que se transformou em Criciúma e aglutinou forças de toda a cidade, conseguiu sobreviver à modernidade do futebol com uma torcida forte, unida e consciente de que a cidade de Criciúma comporta somente um clube de ponta em atividade.

Esporte Clube Metropol, vulgo carneiro: Pentacampeão catarinense e tricampeão sul brasileiro.

Comerciário e Metropol no clássico COPOL. O Comerciário, campeão catarinense de 1698, virou Criciúma Esporte Clube…

…e que consquistou Santa Catarina e o Brasil, se tornando o maior clube do estado e um dos maiores do país.

Eis a grande diferença entre Criciúma e Tubarão no futebol. Enquanto Tubarão se divide entre rivalidades antigas, Criciúma superou esta fase, uniu forças e hoje se consolidou como maior representante do sul catarinense no futebol brasileiro.

As coisas poderiam ser diferentes. O sul catarinense merecia mais representantes, ao menos na elite do futebol do estado. Ultimamente nem isso Tubarão tem conseguido emplacar. É uma pena e um contra-senso: uma cidade que gosta tanto de futebol joga fora as chances de ter jogos de alto nível por justamente ser tão fanática a ponto de manter rivalidades antigas até hoje. Vejo que é um ciclo vicioso que não será fácil de quebrar por lá.

Mas, enquanto Tubarão sustentava bons times, tivemos excelentes clássicos e rivalidades com os clubes de Criciúma. Uma rivalidade que teve seu auge nos duelos entre Criciúma E.C. e Tubarão F.C. na década de 90.

Os mais antigos dizem, em suas histórias de banco de praça, que quando clubes tubaronenses e clubes criciumenses jogavam uns contra os outros, seja jogo amistoso ou por campeonato, o pau quebrava.

O principal meio de transporte das duas torcidas era o trem. Então quando os tubaronenses chegavam de trem em Criciúma, a galera daqui já esperava com paus e pedras. O mesmo acontecia por lá. Era gente guardando pedaço de pau dentro do guarda chuva pra entrar no estádio, era pedra escondida no bolso, valia tudo. As batalhas começavam bem antes de adentrar ao estádio: a estrada de ferro era onde aconteciam os “encontros” dos torcedores mais encrenqueiros.

Não importa se era Comerciário x Ferroviário, Metropol x Hercílio, Comerciário x Hercílio, etc etc etc. O pau cantava forte. Eram os “pé pretos” contra os “papa-abóbora”.

Até hoje os apelidos perduram que eu sei.

Outra história é de que quando o Metropol ia jogar em Tubarão, o diretor deste clube enchia alguns caminhões com os mineiros pertencentes ao seu grupo empresarial e lá iam eles “torcer pacificamente” pelo carneiro. Imagina só que situação, um monte de caminhão lotado de mineiro chegando no seu estádio. As torcidas deviam se tratar com tanta cordialidade…

Mas isso são apenas histórias ou estórias. Não estive lá para presenciar. Mas muitos torcedores mais velhos juram, e afirmam: é tudo verdade.

Aí o Comerciário virou Criciúma,  e mais tarde o Ferrinho virou Tubarão F.C. e na década de 90 surgiu uma rivalidade tão grande quanto às de outrora: Tigre e Peixe duelaram ferozmente pela hegemonia do sul catarinense, consolidando assim, na minha opinião, na rivalidade mais intensa que o Criciúma teve em épocas recentes.

A proximidade  e a rivalidade entre as cidades, aliada ao histórico dos clubes do passado, foram componentes para jogos inesquecíveis e memoráveis batalhas entre torcidas.

O Criciúma, que na década de 90 vivia seu auge, viu surgir o Tubarão, um clube “jovem” mas com espírito de luta. Naquela época, a cidade azul se uniu no propósito de apoiar um só clube de futebol, coincidentemente foi a época que o futebol de lá ganhou uma grande fase. O Tubarão nasceu em 1992, ganhou força rapidamente e em 1996 foi campeão de um turno. Disputou em 1997 sua primeira final de catarinense, perdendo para o Avaí. O time era muito bom e perdeu por detalhes.

Em 1998 voltou a disputar a final do estadual, desta vez, no duelo mais emocionante com seu maior rival, o Tigre. Vou falar um pouco DE 1998.

Criciúma e Tubarão duelaram no catarinense de 1998 nada mais, nada menos do que 11, eu disse ONZE partidas. Foram 5 empates, 4 vitórias do Criciúma e 2 do Tubarão.

Vitor Justino, dono da página “Tricolor Predestinado” do Facebook, foi um dos colaboradores para este post. Ele me enviou algumas fotos (algumas virão a seguir) e links de notícias da época. Vejam alguns (cliquem nos links):

CAMPEONATO CATARINENSE DE FUTEBOL DE 1998

Criciúma e Tubarão fazem segundo jogo Vacaria coloca em campo a força máxima contra o Peixe com o objetivo de não perder a vantagem

Nestas partidas, foram várias confusões, dentro e fora de campo. Criciúma fazia a melhor campanha no estadual e o Tubarão não deixava por menos, vindo em segundo.

(*) Nas três partidas finais (isso mesmo, três, e vocês ainda reclamam dos regulamentos de hoje), me recordo que as duas principais torcidas organizadas, Guerrilha Jovem e Camisa 12, resolveram dar as mãos em uma “trégua” para as finais.

Essa trégua, pelo que sei, foi só nas finais mesmo. Será?

Uma pequena demonstração de trégua. Só que não.

O primeiro jogo foi em Tubarão. Estádio Aníbal Costa Lotado, um Eduardo que jogava MUITO infernizando nossa defesa. Mas o Criciúma conseguiu arrancar um empate em 1×1, gols anotados por Lucianinho, para o Tigre, e Cássio, para o Peixe.

As duas partidas finais foram realizadas no Heriberto Hulse. Na primeira, vitória do Tigre por 1×0, gol anotado por Marcos Paulo.

Um dos poucos registros fotográficos da partida. Créditos: Vitor Justino.

No jogo decisivo, dependíamos de um empate para o título. Lembro do jogo como fosse hoje: Guerrilha Jovem estreando seu novo bandeirão, na época o maior do estado, todos muito tensos e na expectativa. Santa Catarina voltava seus olhos para o sul do estado. Em um jogo muito disputado onde o Tubarão, reconheço, comandou as ações do jogo, um lance polêmico: um gol anotado por Eduardo foi invalidado pela arbitragem nos momentos finais da partida. O time e a torcida tubaronenses foram à loucura, enquanto nós respirávamos aliviados. Foi aquele gol que gelou a galera, e que quando foi anulado foi comemorado como fosse um gol anotado do Criciúma.

Jogo decisivo: Torcida Guerrilha Jovem estréia seu novo bandeirão, o maior de SC na época.

Esse é um título muito chorado ainda lá na cidade azul, dizem eles, um título roubado…fazer o quê. Rivalidade sem reclamar da arbitragem não existe. Admitir a perda de um título é difícil mesmo.

As duas torcidas fizeram uma bela festa, logicamente com o comando da torcida do Tigre. Recordo bem da torcida do Peixe aplaudindo seu time e saindo do estádio arrasada, porém, ciente da luta em campo.

Lamentavelmente não encontrei registros das finais de 1998 no youtube. Se alguém encontrar, por favor me avise.

Aliás, um parênteses: é bem difícil encontrar material dos jogos entre Criciúma x Tubarão, sejam vídeos ou fotos. Quem quiser contribuir, sinta-se à vontade.

Gol do Tubarão. PORRA WILSÃO!!! PORRA!

Que ano este de 1998 heim? Onze jogos pelo estadual…coisa pra acirrar qualquer rivalidade.

Só que 1998 ainda não tinha acabado. Naquele mesmo ano, foi disputada a Copa Santa Catarina, ou seja, Criciúma e Tubarão se enfrentaram MAIS 4 VEZES. É mole?

Dessa vez, o Tubarão se vingou bonito. Dos 4 confrontos, o Tubarão ganhou 3 vezes e empatou uma. Veio com sede de vingança, e a consolidou. Tubarão e Criciúma voltaram a decidir um título aquele ano, o da Copinha, onde o Peixe gritou “É campeão” em pleno estádio Heriberto Hulse dia 22/12/1998, quase no Natal. Um presentão pra eles e água no nosso chope.

Que ano este de 1998! 15 jogos disputados entre as equipes. Um título para cada lado. 5 vitórias do Peixe contra 4 do Tigre e 6  empates. Muito equilíbrio, disputas e ânimos acirrados.

Os anos que se seguiram foram pautados por confrontos com os mesmos ingredientes. Quando tinha Criciúma x Tubarão, era este o assunto entre as torcidas.

Torcida do Tigre em Tubarão. Fomos muito bem recebidos nesse jogo e…

…como eu dizia, fomos bem recebidos…

….RECEBIDOS À PEDRADAS! PROTEJAM AS PERNAS! PROTEJAM AS PERNAS!!

Me recordo de alguns episódios engraçados: em 1999 o Criciúma aplicou a maior goleada entre o confronto dos dois clubes: 5×0 em plena Tubarão, em uma partidassa do Marcos Paulista. A torcida do Tubarão ficou tão enfurecida, que um torcedor do Tubarão pulou o alambrado e tentou agredir o treinador Sergio Ramirez do Criciúma. O problema é que ele esqueceu que o Ramirez é bicho ruim e acabou apanhando em frente à torcida e defronte às câmeras.

Em 2003 outro jogo memorável: o Criciúma, recém campeão da série B, na elite do futebol nacional, chegou em Tubarão como franco favorito para o confronto, com Paulo Baier, Juca e compania. Mas o nome do jogo não foi nenhum desses. Os torcedores do Tigre lembram bem desse nome: RODRIGO GASOLINA. Esse abençoado resolveu anotar TRÊS GOLS na partida. Isso mesmo. Fez hattrick e ajudou a decretar a goleada de 4×2 do Peixe pra cima do Tigre.

Em 2002 o Tubarão havia vivido um bom momento: foi o 5º colocado na Copa Sul-Minas daquele ano, superando todas as expectativas e ganhando certa projeção nacional. O Tigre ficou em sexto. Ambos os clubes ficaram à frente de Inter, Figueirense, Paraná, Coritiba, entre outros clubes tradicionais. Tubarão chegou a vencer o Cruzeiro em pleno Mineirão, feito que coincidentemente foi repetido pelo Criciúma com dois gols do Jeferson Feijão, sendo um deles uma verdadeira PINTURA. Feijão saiu da defesa, driblou quase todo o time do Cruzeiro e anotou. Foi o gol do Fantástico naquela época.

Clique AQUI e veja a tabela da Copa Sul Minas de 2002. Se quiser conferir a classificação, clique AQUI.

O Tubarão revelou alguns jogadores interessantes. Além de Eduardo, recordo do goleiro Miguel, do volante Bolé e do meia Mabília, que vieram para jogar no Criciúma. Mabília foi destaque pelo Tigre no brasileiro da série A, com suas cobranças de falta precisas.

Em um dos raros vídeos do confronto, Criciúma e Peixe duelaram pelo estadual de 2001. O Tigre venceu por 3×1 o time da casa, em um jogo com nada mais, nada menos do que 5 expulsões.

Reparem o Mahicon Librelato provocando o rival ao fazer o gol, simulando a “pescaria” do Peixe.

Infelizmente, após esta última boa fase, o Tubarão perdeu forças. Já em 2005, em seu último ano de atividade, em nada lembrava aquele time aguerrido, enjoado, que tanto incomodava o Criciúma. Ainda em 2005, uma decisão da diretoria resolveu licenciar o clube do futebol profissional e desde então resta sepultada uma bela história escrita no futebol brasileiro, e porque não dizer, no futebol nacional.

A cidade de Tubarão chegou a reviver bons momentos no futebol, com a criação do polêmico “Atlético Cidade Azul” (hoje Atlético Tubarão). Pelo que me informei, o caçulinha do futebol tubaronense não tem apoio nem de hercilistas nem de torcedores do licenciado Tubarão Futebol Clube, apesar deste novo clube utilizar as mesmas cores e uniforme bem parecido com o Peixe da década de 90. O Cidade Azul, que depois virou Atlético Tubarão visando unir a cidade em torno do clube, conseguiu figurar na elite do futebol catarinense em 2009, mas não teve forças e caiu no mesmo ano.

De lá pra cá, Atlético Tubarão e Hercílio Luz duelam dentro de Tubarão para conquistar apoio e a hegemonia dentro da cidade. Lamentavelmente, como já mencionei, essa briga só divide forças e coloca ainda mais distante o sonho dos amantes do futebol de voltarem a assistir partidas de alto nível pelas bandas da cidade azul.

Agora em 2012 o Atlético Tubarão teve tudo na mão para vencer o turno da divisão especial do catarinense e voltar à elite. Foi de uma infelicidade TREMENDA deixando o Guarani da Palhoça tomar a vaga. Agora, no returno, está nas semifinais e vê outra oportunidade de conseguir o tão sonhado retorno.

Mas, e se conseguir, conseguirá se manter? Terá apoio de toda a cidade para seguir em frente e peitar os grandes clubes catarinenses?

Tenho minhas dúvidas. Mas torço para que um dia possamos ter novamente grandes clássicos no sul do estado, entre o Tigre e quem sabe, o clube de Tubarão que vier a se consolidar.

Porque não importa qual for o time: se ele é de Tubarão, automaticamente será rival do Criciúma. Assim foi, assim é e assim será.

Saudações Tricolores, e na torcida para um futebol sul-catarinense mais forte! Desculpe aí Tubarão, mas meu Tigre esse ano vai pras cabeças do futebol nacional!

OBS: Desde já peço desculpas por eventuais erros ou equívocos em relação à números ou fatos. Pode ser que a memória me traiu em alguns pontos. E quem tiver vídeos, por favor, mande.

Um agradecimento especial ao meu pai, que me contou boas histórias sobre o confronto, algumas das quais repassei a vocês.

(*) Contribuição do leitor Fabiano Dias. Valeu Fabiano!

32 Comentários

Arquivado em Cidade de Criciúma, Criciúma E.C., Futebol, Geral

32 Respostas para “Criciúma x Tubarão: A rivalidade

  1. Wil

    O Comerciário foi campeão catarinense de 1698 ? !

  2. Lucas

    Emocionante esse artigo. Sou morador de Tubarão e sempre torci para o Tubarão FC que infelizmente acabou suas atividades. Foi o time que batia de frente com qualquer clube do estado, bons tempos! Essa rivalidade realmente existia e era muito bacana.

  3. Tiago G

    O edificio de Tubarão pode ser o Maior em pavimentos com moradia, mas possui 94 metros de altura. O Lucio Cavaler de Criciúma tem 25 Andares de moradia e 100 metros de altura. Ou seja. o Mais alto ainda é o de Criciúma.

  4. joelson

    maior predio de criciuma tem 34 andares populacao de 206 mil habitantes tubrarao so 98 mil habitantes

  5. Eduardo

    Rivalidade a parte… Criciúma continua grande e creio que tão cedo não perde o posto da maior cidade do sul catarinense.
    No entanto essa cidade de Tubarão da qual conheço bem tem crescido muito. Poucas cidades com 100 mil habitantes tem a infra-estrutura que ela tem (sejamos francos). A cidade não representa ser maior porque é muito espalhada (Criciúma é mais concentrada). Acho que daqui uns 15 anos, Criciúma terá uma concorrente a sua altura. O número enorme de prédios em construção e em projeto (mais de 100 !!!), revela bem essa tendência.
    Sei lá não, mas acho que uma “segunda” Criciúma está nascendo…

  6. hoje tubarão fica na região da grande braço do norte.kkk

  7. Bom vamos corrigir algumas coisas aqui, ao amigo q falou sobre revendas de carros, grupo kolina é de ararangua, vip car idem, jugasa nem existe mais, ao outro q se referiu a um bairro de criciuma de mais predios q toda tubarão com certeza inteligente queria dar os parabéns porque so um asno mesmo perder tempo com tanta idiotiçe em contar quantos predios uma cidade tem se isso influencia em alguma coisa na vida das pessoas, quantos ao supermercados a rede giassi é de içara ou estou enganado, de criciuma mesmo so o angeloni, mais o que seria destes sem outras cidades para serem o que são hj, outro falando em 800 predios em criciuma, quanta mentira sem nexo, em vez disso por que não pegar o IDH das duas cidades e comparem, isso q importa saude, educação, seguranca, bem viver, tubarão hj esta entre as melhores do país e isso q importa pra mim, quanto ao resto fica pra criciuma não me importo não, mais uma coisa o solo da cidade de tubarão esta firme, cuidado onde vcs moram ai em criciuma, e torçam pra nunca dar um tremor de terra senão ja sabem né…..abrçs

    • Cláudio, grupo Kolina é de Criciúma, do Sr. Valério Mendes que aqui está estabelecido. Realmente, ele tem loja em Araranguá, Laguna, Tubarão e agora em Blumenau. A Vip Car idem, é dos irmãos Pereira, que são donos da Renault, Nissan e Chery, com lojas em Criciúma, Araranguá, Lages e Tubarão. Jugasa é um dos mais fortes grupos da região, da família Gaidzinski: Jugasa, Bourbon, Gendai e Unitá são do grupo Jugasa. Não quero entrar em polêmica, mas acho que você se equivocou em algumas informações postadas.

      Quanto ao número de prédios, o número está correto. Recentemente um dos jornais da cidade fez um levantamento, uma vez que a construção civil está em ebulição (não que isso seja uma grande vantagem, pois a cidade está “sufocada” com construções). Não sei a quanto tempo você não vem pra cá, mas o número é comprovado visualmente até.

      Não estou respondendo isso querendo ser maior nem melhor do que ninguém. Apenas quero dizer que você está equivocado em algumas destas afirmações, que pelo que percebo, são exaltadas. E realmente, o IDH de Tubarão é melhor ranqueado, e com razão. Tubarão é uma cidade agradável de se visitar, então presumo que também o seja para se viver.

      Quanto ao nosso solo, por enquanto está firme por aqui. Espero que o Rio Tubarão também esteja dragado e limpo. Porque senão vem a chuva e bem…como você disse, vocês já sabem né?

      Saudações Tricolores! E com uma bela novidade: O aeroporto de Jaguaruna começará a operar em breve. Uma perspectiva de salto para toda a região sul.

  8. S@muel Verdão

    Parabéns pelo belo post amigo “Inválido”(espero que não leve à mal ser chamado assim). Moro na serra à 50 km de Lages, a principal cidade da serra. Torço pro Palmeiras desde pequeno e aqui só passa jogos dos times cariocas na Globo e pauistas na Band. Comecei a torcer pro Verdão devido à influência da TV (principalmente em 1999 quando o Verdão conquistou a América), e também porque acho aquela camisa verde a mais bonita do mundo. A primeira vez que vi um jogo do campeonato catarinense na TV foi pela RBS TV (pela anteninha simplisinha) em 2001, o jogo era Joinville e Figueirense, o JEC era o bambambam da época, ganhou de 5 à 2. Não me lembro se era final, mas se não me engano, naquele ano o Jec foi campeão. Vi o Criciúma jogar um ano depois, e à partir daí o Tigre passou a ser o meu time de Santa Catarina. Esse ano fiquei impressionado vendo os jogos do tigre na série B sempre com casa cheia no HH. Não saboa da imensa rivalidade do Tigre x Tubarão, mas palo seu post parece que é mais intensa que Palmeiras e Corinthians né! Torço para que o Tubarão ressurja e reacenda essa rivalidade (não a violência) entre Tigre e Peixe. Meu cunhado mora em São Paulo e me pediu que eu mandasse uma camisa do Tigre pra ele, porque lá não tem. Mas aqui na região de Lages também não encontro. Absurdo né! Nem parece que aqui é SC. Acho que vou ter que descer à Criciúma para poder comprar a camisa. Hoje o Tigre tá na série A e o Palmeiras na B, veja como o mundo dá voltas né! Amigo Inválido, mais uma vez parabéns pelo post e força Tigrão na série A 🙂

  9. JonasPW

    Muito bom o texto. Sou torcedor do JEC e na década de noventa acompanhei esses duelos e lembro bem do Tubarão de 97 e 98. Como você citou, o Mabília jogava lá em 97, não é? Depois foi para o Cri-cri. E o cara era muito bom.

    Legal que exista essa rivalidade. Claro, desde que fique na pura gozação. Infelizmente não é o que acontece. Sempre tem gente que extrapola.

    Aqui em Joinville há uma situação similar com Jaraguá do Sul. No esporte a rivalidade foi acirrada especialmente pelo embates no futsal, já que o Juventus de Jaraguá nunca fez frente ao JEC. Mas dessas picuinhas de dizer que uma cidade é melhor que a outra sempre houve. Em Jlle a galera enche o saco deles dizendo que Jaraguá é um antigo bairro de Jlle, pelo fato de Jaraguá ter se emancipado de Jlle. Tenho primos em Jaraguá e entre a gente sempre havia brincadeira desse tipo, cada um ressaltando as belezas e vantagens de suas cidades. O mesmo acontecia com meus primos de Curitiba, mas aí a rivalidade descambava para o confronto SC X PR.

    Hoje moro em Florianópolis e acho interessante que aqui não há uma rivalidade com São José ou Palhoça. Percebo que os moradores daquelas cidades inclusive sentem vergonha de dizer que são de lá. Procuram dizer que moram em Floripa.

    Bem, parabéns pelo blog. Conheci dias atrás por meio do texto que criticou o blogueiro do Figueirense no Clicrbs. Aliás, foi outro belo texto que assino embaixo.

    Saudações, e segurem as pontas na série A de 2013 para que em 2014 estejamos juntos por lá.

  10. TRICOLOR CARVOEIRO

    Caso o *Cidade Azul* suba, vou no jogo de Tubarão com capacete de segurança ou guarda-chuva(guarda pedra). No mais, em um passado nada distante a Os Tigres fez uma música pra cantar nos jogos de Tubarão, não me recordo como era, mas um trecho era mais ou menos assim “e passam o tempo todo a jogar pedra só porque o time deles ta na merda…” alguém lembra disso? hahaha

  11. Márcio

    Ficou muito claro que o criador do post foi educado. Não me refiro a ele e nem ao texto que ele teve todo o trabalho de pesquisar. Aliás, parabéns. Minha crítica é para os que postarm comentários nada agradáveis como o do Sr. Cláudio, que revela aquilo que a grande parte dos criciumenses pensa. Como disse não temos a pretenção de ser maior ou melhor que ninguém. Obrigado pela sua atenção e quando vier à Tubarão seja muito bem vindo!!!

  12. Márcio

    Simplismente patético o fato de o pessoal de Criciúma achar que é a cidade mais importante do mundo enquanto as outras (Tubarão) nada são. O progresso alheio lhes incomoda. Acho louvável o povo de Criciúma defender sua cidade, coisa que os tubaronenses não tem tanta preocupação. Acho que não somos compelxados, talves seja isso, por já termos passado por coisas tão ruins, descobrimos que viver em paz é o mais importante do que o número de shoppings. Quem tem mais shoppings, onde tem o maior shopping, o maior prédio???????? Ridículo… Temos sim um bom e grande shopping com grandes lojas, por que ? não merecemos? Por que somos inferiores a vocês? Teremos sim o prédio mais alto, e daí? Seremos melhores que vocês? Temos o maior hospital em número de leitos do Estado, e daí? Isso nos faz superiores a alguém? Esse mesmo hospital que cuida de muitos doentes de Criciúma. E daí? vamos deixá-los morrer? Não. Somos irmãos, temos que nos respeitar e não rebaixar os outros. Todos temos oportunidades, deixem que minha Tubarão alcance sucesso. Nós trabalhamos muito. Se Criciúma é a maior cidade de SC, parabéns!!!!!!!!! Aprendam a respeitar o sucesso de quem faz por merecer. Aproveito a ocasião para conclamar os tubaronenses que defendam sim nossa terra, mesmo com seus problemas ela é nossa!!!

    • Ei Márcio, você está exaltado, pois o post não inferioriza nem superioriza nenhuma das cidades. Isso não é uma guerra para “conclamar”ninguém. Eu apenas coloquei exemplos de rivalidade entre as cidades que se estenderam ao futebol. Mas se você se sentiu ofendido, o que posso lhe dizer é pra reler o post porque Tubarão foi tratada com todo o respeito. Abraço e obrigado pela leitura.

  13. Cláudio

    Olá, já que o negócio é provocar vou passar alguns dados interessantes.

    Sobre cidades:

    Vc sabia que quase todas as concessionárias (sem exagero) de Tubarão pertencem a grupos de Criciúma.
    Exemplos:
    Chevrolet – Kolina
    Volkswagen – Kolina
    Fiat – VipCar
    Honda – Jugasa
    Peugeot – Jugasa
    Renaut – VipCar
    Não lembro de todas mas dessas principais só escapou a Ford que é de Fpolis.

    Os ônibus que fazem linhas municipais em Tubarão também são daqui. Aqueles escrito “Tubarão” na lateral pertencem a Expresso Forquilhinha (Tiscoski), inclusive tem a mesma pintura dos ônibus que fazem a linha Cri x Forq. Tem ainda a empresa TCL que também faz linha municipal, esta pertence a ZTL (Siderópolis).

    Tem ainda os supermercados, a água mineral DaGuarda…

    Sobre as torcidas:

    Aquela foto da Guerrilha na verdade não é trégua não. Aquele material na verdade são “troféus”, notem que todas camisas e a faixa dos adversários estão de cabeça pra baixo, tem até uma camisa vermelha e preta ali. Posso estar enganado, mas já tinha visto esta foto no site da Guerrilha.

    Quanto a volta de um time de lá na primeira divisão pra voltar os clássicos, eu não torço pra isso não, pois essa rivalidade entre as duas cidades é chata demais. Na época que tinha time em Tubarão, só o fato de vc entrar na cidade, num dia qualquer, parecia que a qualquer momento ia sair um taca-pedra da esquina. Até hoje o clima daquela cidade é estranho quando se passar por lá, tamanho era a hostilidade. Até quando o jogo não é com time deles eles vão lá jogar pedra na nossa torcida, como fizeram naqueles dois jogos que o Tigre fez lá alguns anos atrás. Essa mania de jogar pedra em Tubarão parece que passa de uma geração pra outra. Todos os jogos que fui com ônibus de torcida em jogos com Hercílio Luz sempre tinha pedra jogada nos ônibus. Aquele apedrejamento com a Guerrilha na arquibancada que aparece na foto então foi ridícula. Segurança e estrutura zero.

    E pra finalizar, esse edifício é em Tubarão mesmo??? É muito prédio pra pouca cidade. E pelo que vi parece não tem mais andares que o Cavaler não. O Cavaler tem 25 andares.

    Valeu.

    • Cláudio, valeu a leitura e o comentário! Rapaz, aquela questão da trégua foi uma ironia hehehe, é que o seguinte: me recordo bem de em 1998, antes do jogo lá em Tubarão, que a Guerrilha Jovem e a Camisa 12 entraram dentro do campo, cada qual com sua bandeira (aquelas grandes de bambu), onde em seguida deram entrevista que as duas torcidas fizeram um “pacto” de trégua. Aquela foto ali realmente foi retirada do site da Guerrilha, da sessão troféus: aquela tal história de torcida organizada, roubar faixas e camisetas das torcidas rivais e exibir como um troféu de bravura hehe. Abraço!

  14. Adriano Dagostim W.

    Otimo Texto, valeu relembra. consegui ateh me achar em umas das fotos!

  15. Muito bom o texto! Sempre com grandes posts, abraço Alex!

  16. Parabéns por esse excelente texto, e naquela época a rivalidade era muito forte sim.. Tanto que meu pai obrigava eu a vestir a camisa do Tubarão, pra mim foi um desgosto enorme.. Fui no jogo do Tubarão x Criciúma com a camisa dos papa abóbora, tava torcendo pro nosso TIGRÃO é claro e o jogo terminou 0x0.

  17. Leonardo Fogaça

    Caro amigo, sou pé-preto de nascimento (e torcedor do Tigre, claro) e papa-abóbora de moradia.

    Fui em vários jogos aqui em Tubarão com a camisa do Criciúma, uma vez quase foi arrancada de mim (era moleque na época, uns 11, 12 anos), mas minha mãe me salvou no meio da torcida do Tubarão haha. Além disso, todos os meus amigos pegavam no pé quando perdíamos, principalmente quando era pra eles, mas tudo bem.. nos demos bem na maioria das vezes haha

    Mas quanto à questão Tubarão F.C., foi uma fusão de 10 anos entre Hercílio e Ferroviário, não apenas a mudança de um dos clubes,

    Hoje, os véios dos dois antigos times tentam voltar, recriando uma rivalidade local de décadas que não leva nada a lugar nenhum. Tenho vários amigos que gostariam de apenas um único time, mas até agora nada foi feito e acho difícil sair.

    Enquanto isso, a gurizada mais nova torce por times de RJ e SP. Quando perguntam pra qual time torço, ridicularizam por ser um clube local. Porém ainda que pequeno frente aos grandes nacionais, estaremos lá novamente, no ano que vem. Meus amigos também.. indo até Criciúma ver Flamengo, Vasco, Corinthians, São Paulo.. sad, but true!

    Parabéns pelo post!

  18. Boa!!! Gostei muito poderia ter incluído ai as informações de que fui em jogo do Hercilio e do Atlético “Piratão” assim chamados pelos torcedores antigos haha… Mas voltando fui em jogos de ambos, em Joinville, contra o Caxias e com a camisa do Criciúma, fui extremamente ovacionado pelas torcidas do Tubarão’s que esqueceram dos Caxiense e se preocupavam em chingar o Criciumense aqui hahaha. Saudações, reportagem ficou muito boa! Boa Leitura aos demais

  19. Fabiano Dias

    Uma retificação: a final de 1998 foi disputada em 3 partidas… a primeira terminou 1 a 1 em Tubarão, a segunda foi 1 a 0 para o Criciúma, no HH, com gol de Marcos Paulo e a terceira também no HH, 0 a 0.

    E um adendo também: em 1996 o Tubarão estava fazendo uma excelente campanha no quadrangular final que estava sendo disputado por Criciúma, Joinville, Chapecoense e Tubarão. Na última rodada, se o Tubarão ganhasse do Criciúma no HH, iria jogar a final contra a Chapecoense. Acho que foi o jogo que teve mais tubaronenses em Criciúma, cerca de 2 mil, contra uns 100 torcedores do Criciúma, isso é fato, eu estava lá, presenciei tudo. Placar final: 2 a 2, gol de empate do Elizeu, um lateral direito que tinha 16 anos na época. A torcida do Tubarão que tava fazendo uma festa enorme, mas saiu do estádio murchinha, murchinha.

    • Fabiano, obrigado pela leitura e pela contribuição! A ratificação já foi efetuada com créditos para você. Abraço!

    • Ao autor do post:
      não ha qualquer rivalidade entre as duas cidades,pois as diferenças são muito..[POPULAÇÃO CONURBADA DE CRICIUMA É DE 350.000 HABITANTES,A CIDADE TODA, HOJE TEM MAS DE 200.000]mas muito grandes..Criciuma não é a quarta cidade mais verticalizada do estado,mas segunda,ficando atras apenas de balneário camburiú.[dados oficiais]ja passamos de Fpolis,pois esta, esta entre o morro e o mar,sem mais espaço para construções..com relação a tubarão,apenas o bairro comerciário,tem mais prédios que toda a sua cidade..nem vou falar que aki é a sede das maiores redes de supermercados da estado..sobre o Criciúma E.C,nem vou comentar..essa ”rivalidade” foi vc mesmo que criou ,pois isso não existe.

      • Gilberto Hillman

        Tubarão fica mais próximo das melhores praias, hehe. Mas vamos acabar com este tom de rivalidade. Também sou barriga verde e de vez em quando, ouço algumas piadinhas idiotas aqui dos gaúchos. Agora, entre nós conterrâneos não tem nada a ver. Saudemos às duas belas cidades onde cada morador tem que se orgulhar.

      • Eduardo

        Atualmente em 2021 existem cidades muito mais veticalizadas em SC do que Criciúma. Balneário Camboriú, Itapema, São José e Chapecó. Criciúma continua grande, mas vem perdendo ano após ano posições em diversos setores como população, PIB e investimentos em geral. Em relação a Tubarão não tenha a menor dúvida que daqui uns 15 anos essa cidade estará enorme pelo ritmo de crescimento que vem apresentando.

    • Daniel

      é verdade tanto que o Criciúma não jogava por classificação pois não tinha chance e empatou o jogo no final . é por isso tanta rivalidade pois tínhamos chance de ser campeão !!!!

Deixe um comentário